Feito no pequeníssimo miradouro do Convento de Sto. António
onde pernoitámos; era ainda manhã cedo e, tirando o lado da igreja, tinhamos
quase uma vista de 360º. Aproveitei o lado que dava para as salinas e que, bem
perto de mim, tinha uma frondosa cortina de árvores.
Tenho olhos na cara e sei ver os inúmeros erros que este
desenho tem mas senti que devia publicá-lo pelo enorme prazer que tive em estar
na oficina de um grande Mestre gravador que conheci e que sempre admirei. Um
verdadeiro privilégio que me comoveu.
O último desenho que fiz e onde escrevi o que senti, no que
aos desenhos diz respeito, durante estes dois dias. Reza assim: Tavira não quer
nada com a minha mão; não sei se os meus olhos se perderam nela ou se ela se
perdeu nos meus. Um conjunto de desenhos falhados mas a cidade ficou em mim. Uma
redescoberta a que terei de voltar ao meu ritmo, com o meu passo e com o olhar
fresco e lavado para a eterna procura - peregrinação de mim.
1 comentário:
mas fica o registo do olhar
e gostava de ver a oficina...
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