A quinta das Conchas ao Lumiar era a casa de verão de Faria Mantero que a doou ao Estado; tal como doou o seu palacete ao Restelo hoje propriedade da Santa Casa da Misericórdia.
Arranjaram a quinta transformando-a num dos belos parques da cidade e deixaram, a meu ver muito bem, ficar a mata onde estava instalada a casa, um palacete que já conheci abandonado mas não em ruínas. Nestes anos nada lhe fizeram a não ser emparedar a porta e as janelas debaixo. Ficou com um ar fantasmagórico mas donde o sublime se ausentou - um desleixo, uma ruína que Mantero não deveria gostar de ver.
Hoje quando passei desenhei-a de fora da quinta das Conchas por entre o casario da Alta do Lumiar.
Será que a Câmara, actual proprietária, não pode fazer nada por este esqueleto cujo destino actual é a perfeita ruína?