Draw everywhere, and all the time. An artist is a sketchbook with a person attached.
Irwin Greenberg





2014-10-31

2014-10-30

Veneza

 


Feita, manhã cedo, do campanile de S. Giorgio Maggiori sobre a laguna e as ilhas que ficam deste lado.

2014-10-28

Veneza

 

Começo com alguns dos sketches feitos em Veneza.

Este foi feito no papel de cor da toalha do almoço e colado no Moleskine.

Chovia muito, único dia que choveu enquanto lá estive, e entrámos no primeiro restaurante, a preços moderados, que nos apareceu. Gostei do enquadramento e, apesar de ter o Moleskine ao lado, resolvi fazer o sketch na toalha.
...
Brindei ao meu pai que, se fosse vivo, faria nesse dia 104 anos.

2014-10-27

Florença

 


A árvore do claustro de S. Lourenço.

2014-10-23

Florença

 



Das pontes e nas pontes de Florença. A primeira não precisa de legenda. A segunda tirada da mesma ponte que a anterior mas para o lado contrário sobre as colinas de Florença num final de tarde magnífico.

2014-10-21

Cinque Terre

 







Passeio desde Florença às Cinque Terre - Património da Unesco. Alguns dos rápidos sketches que lá fiz.
Os 3 primeiros - Monterrosso, sendo que o último foi feito de Manarola.
4º Manarola junto ao porto.
5ª Vernazza.
6ª Riomagiore...
Só não fomos a Corniglia, o que seria impossível num passeio de um dia. Tive pena que fosse tudo a "mata cavalos". Gosto de ter tempo para o olhar e aqui tive pouco. Mas há oportunidades que não se podem perder.

2014-10-17

Florença

 


Desta vez resolvi tentar uma colagem e sobre ela desenhei parte do que via na mesa do café La cocotte que me serviu a magnífica bica da manhã enquanto estive nesta cidade.

O café tinha uma decoração muito modernaça e as empregadas eram extraordinariamente simpáticas. Ainda por cima, a crise anda por todo o lado, das 7 às 11 da manhã o café e o croissant eram cada um a 0.70 cêntimos o que, para aquela cidade, era praticamente dado.

2014-10-15

Florença

 


Um sketch que fui fazendo ao longo do tempo que estive em Florença; naquela cidade é um verdadeiro monumento! o que é natural em quem, como eu é uma tontinha por gelados.

Os Vivoli são uma das mais prestigiadas gelatarias especialmente os seus gelados de fruta. Mas a variadade é enorme.

A própria casa é uma beleza - madeira, vidros e espelhos. Pequenina e com poucas mesas. Felizmente em frente há uma hipótese de larguinho onde há dois bancos cheios de mãos com gelados.

O guardanapo com desenho tem história. Alguém me falava do "tempo" na música e disse-me: claro que isto é na clave de sol. Como gosto de brincar perguntei: e se for na de chuva? Com humor, no desenho que tinha feito a pessoa colocou por cima um chapéu de chuva! Se há coisa de que mto gosto é de humor!

Saudades dos Vivoli!

2014-10-14

Fiesole

 





Os últimos são os primeiros, diz o ditado e eu cumpro. O último desenho deste "post" e os dois anteriores são particularmente dedicados ao meu amigo Eduardo Graça em quem pensei enquanto revisitava Fiesole - a colina sobranceira a Florença. E.G. é um perito em Camus e no último desenho o texto é o que se encontra no claustro grande do Mosteiro de San Francesco em Fiesole e que ele deve saber quase de cor.
O primeiro é feito da Ponte Vecchio sobre a colina de San Miniato al Mo...nte, o segundo já em Fiesole no jardim no alto da primeira subida. Paragem obrigatória, primeiro para descansar, depois para dar "pasto" ao olhar" - Florença a nossos pés em todo o seu encanto. Tinha de ser um desenho rápido que deixa a impressão possível. O terceiro, ainda nesse jardim, raspando sobre a pedra para fazer aparecer a cara que está num túmulo nesse jardim.
Depois - sempre a trepar, mas o que nos espera é fantástico. Dos dois claustros o meu preferido, não é sobre ele que escreve Camus, é o chiostrino (claustrinho) o mais pequeno que vi até hoje e um bijou. O outro que não se pode visitar, só se vê para lá das grades é tb bonito mas o chiostrino entrou, desde a primeira vez que já fui, no meu coração. Por cima do claustro grande estão as células dos frades. Fiz o fresco - S. Francisco - que está na parede, o borrão do suor dos dedos faz parte dos acidentes dum sketchbook e a janela duma das minúsculas células.

2014-10-13

Florença

 

 

Florença - a primeira, dois pormenores vistos da rua Giorgio la Pira perto do Convento/Museu de San Marcos e do Orto Botanico A segunda, lado esquerdo, sentada num banco da Praça de San Marcos e do lado direito, apontamentos do claustro de entrada no Palacio Vecchio.

2014-10-12

Instituto Gulbenkian de Ciência







Um dia muito bem passado e com imensas possibilidades. A vista que se tem do terraço dava para dias e dias de desenho! Do laboratório nem falo, digo apenas que poderia ter ficado ali confinada tal a impressionante acumulação de pequenas grandes coisas.

Não posso deixar de referir o empenho da Rita e sua natural simpatia que todos conhecemos mas, não seria justo, não ter uma palavra para todos os que, pertencendo ao IGC, nos deram a possibilidade de conhecermos e desenharmos um espaço como aquele. Agradeço na pessoa do Prof. Jorge Carneiro a todos os profissionais envolvidos neste dia magnífico.

2014-10-10

Itália

 






Começo a publicar o meu Moleskine agora seguindo a viagem desde o princípio. Como sempre arranjo, ainda em casa, sempre a primeira dupla página; em baixo transcreverei o que está escrito no lado esquerdo. A terceira foto é para indicar que estou em Florença com uma citação que acho magnífica, a seguinte uma forma diferente de fazer o relato do primeiro dia em que até tive direito a uma greve de comboios e eu que tinha de estar nesse dia em Florença e fui Lisboa/Milão, felizmente, consegui lá chegar. A última tem, para mim, uma história curiosa. Quando fiz a anterior, com marcadores, quando virei a folha vi que as manchas pretas tinha borrado o lado detrás, desesperei, mas com calma, resolvi que chegada a Florença passaria nos Uffizzi e aproveitaria para desenhar colunas depois acrescentei o texto a contar a história.

Quando viajo o olhar atento e devorador é a ponte entre o que me rodeia e descubro a minha interioridade que, como uma esponja, tudo absorve; mesmo o que parece ficar esquecido um dia voltará à luz numa explicação, numa ideia, nas palavras ou nos desenhos. Assim viajo. HFM - Lx setembro 2014.

Nota: São fotografias pois o tamanho do Moleskine não cabe na minha impressora e eu não sei usar o Photoshop.

2014-10-08

 


De regresso de uma viagem muito boa, começo pelo último dia, por um daqueles momentos únicos na vida.
O último dia em Veneza foi dedicado ao Cannaregio um bairro lindo cheio de canais, praças, igrejas e, entre outras coisas, muitas galerias. É neste bairro que se encontra o Ghetto velho e o novo, a Sinagoga e o Museu Judaico. Turistas? Praticamente inexistentes e, em certos locais quase não há ninguém e ouve-se o silêncio.
Quando cheguei à praça grande deparei-me, junto ao Mu...seu com um grupo de sketchers uns sentados em dois bancos, outros no chão. Quando olhei melhor vi,sentado no chão, Stefano Faravelli, de Turim, pintor e formado em filosofia e estudos orientais. Tenho dele 3 livros - Egipto, China e Japão. Embora não seja um urban sketchers os seus livros de viagens têm apontamentos rápidos e perfeitamente integrados no espírito urban. A composição das suas páginas é fabulosa pelo desenho e aguarela a que a escrita dá uma harmonia muito especial.
Abreviando, tive "lata" para me aproximar e qdo ele acabou o comentário a um sketchbook abordei-o e imediatamente se estabeleceu um clima de diálogo em italiano espanhol e português. O grupo todo aderiu e criou-se um clima fantástico. Abri o meu moleskine na página de que mais gosto e pedi-lhe se me dava um autógrafo. Disse que era uma pena pois ia estragar uma belissima página mas, como insisti, abriu a bolsa tirou a caixa de aguarelas e desesenhou as 2 carpas símbolo de Veneza e escreveu o texto, para mim belissimo, que engradeceu um trabalho de que já gostava.
No fim disse-lhe - como posso agradecer? Levantou do chão o seu metro e noventa ou + abriu os braços e disse com um abraço e um bacci. Assim foi.
Um encontro que nunca esquecerei e que guardarei, em mim, como um daqueles momentos que justificam uma vida que, por vezes, parece fazer pouco sentido.


Há momentos irrepetíveis, este foi um deles.